VW TL

Da mesma forma que seus irmãos Variant e VW 1600 (o Zé do Caixão), a TL foi baseada no Type 3 alemão (o Fusca era o 1 e a Kombi o 2), lançado lá em 1966 e aqui em 1970. E como seus irmãos, tinha as linhas da carroceria mais arredondadas que os modelos que lhe deram origem. Ela foi lançada já com freios a disco na dianteira, dupla carburação e um acabamento mais luxuoso que o do Fusca. Em 1971 teve a frente reestilizada, ficando mais baixa, em forma de cunha, e ganhou a versão quatro-portas (modelo 72), numa tentativa da fábrica de conquistar o mercado de táxis, carente pelo fim do "Zé-do-Caixão".



A nova versão chegou a responder por quase 50% das vendas, que somaram mais de 20 mil unidades em 1973, mas a partir desse ano as vendas caíram consideravelmente, reflexo do aparecimento do Passat, muito mais moderno, e da concorrência com outras marcas: em 73 a TL custava na tabela CR$ 20.780,00, o Chevette CR$ 21.290,00 e o Corcel CR$ 22.668,00, todos de desempenho semelhante, mas a concorrência não sofria de falta de estabilidade. A produção parou em 76, com 109.313 unidades. A Volks queria passar uma imagem de conforto e desempenho, o que se evindenciava nas propagandas da época e no nome do carro: TL significa Touring Luxo. Nos Estados Unidos por exemplo, o carro tinha a opção de cambio automático, injeção eletrônica e ar condicionado, opcionais que nunca chegaram por aqui.



FÃ QUE É FÃ ...

Em 2002 foi inaugurado na cidade de São Paulo o bar TL70, que reproduz em seu interior uma rua sinuosa. Nas calçadas de mentira carros antigos compõe o cenário ao lado de miniaturas e telas temáticas. “Escolhemos homenagear o TL porque é simplesmente o mais bonito”, explica Fernando Hormain, um dos sócios do estabelecimento paulistano.