Gurgel começou sua carreira como estagiário da General Motors. De
regresso ao Brasil se destacou com o Mokart SS, um kart que conquistou
campeonatos em 1964, e com a apresentação de veículos especiais no salão do
automóvel de 1966, ao mesmo tempo em que era diretor industrial de uma firma
especializada em veículos militares (anfíbios, carros de combate, etc.) e dono de
uma concessionária VW. Nessa época ele produziu e exportou para a Alemanha
e EUA miniaturas do Karmann-Ghia e de um modelo próprio, carros para crianças
com motor monocilíndrico.
No final de 1969 ele funda a Gurgel Veículos, lançando já como modelo 70
duas versões do carro apresentado em 66, o
Gurgel Luxo e o QT. Com o surgimento do Xavante
XT, veículo testado pela Marinha e pelo Exército
em 1972, e com o surgimento do X-12 em 75, a
fábrica se firma no mercado. O X-12 e o seu
sucessor Tocantins, foram os maiores sucessos
comerciais da Gurgel, mas não foram as únicas
conquistas: o QT tem lugar de destaque em filme
de Roberto Carlos; o Itaipu foi o primeiro carro elétrico brasileiro em 1973,
permitindo a criação dos únicos elétricos comercializados no Brasil, os E400 e
E500; o Carajás de 1984 foi nosso primeiro sport-utility modernoe o X-12 foi
exportado para mais de 40 países, inclusive para a Marinha de Guerra norteamericana.
Em 1988 a Gurgel se tornou a única fabrica de automóveis de
produção 100% nacional com o BR-800, fruto do projeto CENA, e depois com os
Super-Mini e Motomachine.
QUAL É MEU NOME?
O Ipanema foi apresentado no Salão do
Automóvel de 1966 e até a fundação da fábrica, com
muitas pequenas modificações, capota, portas,
lanternas, pára-choques e pequenos ajustes na
carroceria, era oferecido também nas versões Enseada,
Augusta e Xavante. Com a fundação da fábrica, o
modelo passou a ser QT, como atestam as revistas e propagandas da época. Por
que as pessoas, inclusive especialistas, chamam todos de Ipanema?
Provavelmente em homenagem ao carro que começou tudo.