FIAT 500 1948
Todos os anos a industria automobilística substitui seus velhos modelos por
novos, mas como substituir um carro que foi responsável pela popularização do
automóvel e recordista de vendas? Em 1926 o Ford T estava ultrapassado e perdendo
terreno para a concorrência, o que fez com que a produção parasse em meados de
1927, e o Modelo A, seu substituo só apareceu seis meses depois. É um carro
totalmente novo que pouco herdou do T. Com 40 cv a 2.300 rpm, o motor de quatro
cilindros, 3,3 litros e válvulas laterais dobrava a potência do 2,9 litros anterior e pela
primeira vez havia freios nas quatro rodas. O câmbio de três marchas com
engrenagens deslizantes, de alavanca no assoalho, substituía a caixa planetária de
duas, operada pelo pé. Já a aceleração passava a ser por pedal, aposentando o sistema de alavanca abaixo da direção, que
junto com a alavanca do avanço da ignição tinham gerado o apelido “Ford de Bigode”. A velocidade máxima é de 105 km/h contra os
70 km/h do T. O painel contava com velocímetro, medidor de gasolina e óleo, agora com iluminação. A ignição passou a
usar bateria e bobina, no lugar do magneto montado no volante do motor e a suspensão possui amortecedores hidráulicos de dupla
ação, sendo as molas dianteiras semielípticas longitudinais e a traseira do mesmo tipo, só que na transversal.
Eram seis tipos de carroceria disponíveis em quatro cores, com preços entre US$ 385,00 e US$ 570,00. Entre elas
havia o Tudor (de Two-Door), Fordor (de Four-Door), Roadster, Phaeton, Coupé e Sport Coupé com o famoso “banco da sogra”. Mais tarde surgiram o Town Sedan e
Victoria Coupé. Com a nova linha a Ford voltava a liderança do mercado. O Modelo A vendeu 607 mil unidades em 1928, 1,5 milhão em 1929, 1,1 milhão em 1930 e, sob
efeito da Grande Depressão, 615 mil até o último em novembro de 1931. Foram apenas quatro anos, mas o Modelo A cumpriu seu objetivo: substituir um dos carros
mais importantes da história.