FIAT 500 1948

Ford A 1931 Todos os anos a industria automobilística substitui seus velhos modelos por novos, mas como substituir um carro que foi responsável pela popularização do automóvel e recordista de vendas? Em 1926 o Ford T estava ultrapassado e perdendo terreno para a concorrência, o que fez com que a produção parasse em meados de 1927, e o Modelo A, seu substituo só apareceu seis meses depois. É um carro totalmente novo que pouco herdou do T. Com 40 cv a 2.300 rpm, o motor de quatro cilindros, 3,3 litros e válvulas laterais dobrava a potência do 2,9 litros anterior e pela primeira vez havia freios nas quatro rodas. O câmbio de três marchas com engrenagens deslizantes, de alavanca no assoalho, substituía a caixa planetária de duas, operada pelo pé. Já a aceleração passava a ser por pedal, aposentando o sistema de alavanca abaixo da direção, que junto com a alavanca do avanço da ignição tinham gerado o apelido “Ford de Bigode”. A velocidade máxima é de 105 km/h contra os 70 km/h do T. O painel contava com velocímetro, medidor de gasolina e óleo, agora com iluminação. A ignição passou a usar bateria e bobina, no lugar do magneto montado no volante do motor e a suspensão possui amortecedores hidráulicos de dupla ação, sendo as molas dianteiras semielípticas longitudinais e a traseira do mesmo tipo, só que na transversal.

Ford A Phaeton n1929

Eram seis tipos de carroceria disponíveis em quatro cores, com preços entre US$ 385,00 e US$ 570,00. Entre elas havia o Tudor (de Two-Door), Fordor (de Four-Door), Roadster, Phaeton, Coupé e Sport Coupé com o famoso “banco da sogra”. Mais tarde surgiram o Town Sedan e Victoria Coupé. Com a nova linha a Ford voltava a liderança do mercado. O Modelo A vendeu 607 mil unidades em 1928, 1,5 milhão em 1929, 1,1 milhão em 1930 e, sob efeito da Grande Depressão, 615 mil até o último em novembro de 1931. Foram apenas quatro anos, mas o Modelo A cumpriu seu objetivo: substituir um dos carros mais importantes da história.

Ford A 1931