ART EMIS 1986


Produzido pela Emis, construtora de bugs do Rio de Janeiro, o Art, junto com o XEF da Gurgel e o Mini da Dacon, foi uma tentativa da industria nacional oferecer um carro urbano. Até dá para sentar no “porta-malas”, mas o modelo de apenas 3,10 metros (o Uno tem 3,64) foi pensado para apenas duas pessoas. Além de caber em qualquer vaga, o carro é muito ágil, chegando aos 100 km/h em 13,93 seg, possui ótima estabilidade e manobrabilidade e necessita de pouca manutenção, graças a sua carroceria de fibra de vidro e mecânica de Brasília. Seu peso de 730 kg lhe confere um baixo consumo.

Grande parte das qualidades dinâmicas do carro se deve ao chassi projetado especialmente para o carro, um duplo Y soldado a partir de perfis de aço. Para não elevar ainda mais o preço já salgado, muitas peças vinham de outros modelos: pára-brisa e portas do Chevette, vidro traseiro da Marajó, lanternas da Panorama, painel do Gol, farol e freios do Fusca e volante do Passat. Mesmo assim o preço de tabela era de Cz$110.000,00 contra pouco mais de Cz$ 62.000,00 do Uno e Gol.

ASTRO DE NOVELA

O Art Emis ficou conhecido ao participar com grande destaque na novela Cambalacho (1986), de Silvio de Abreu, que também popularizou a palavra que significa golpe, trapaça. O par romântico era formado por Thiago (Edson Celulari), um bailarino, e Ana Machadão (Débora Bloch), uma mecânica de automóveis. O piloto de F1 e Stock Car Ingo Hoffman fez uma participação especial como o patrocinador de Athos (Flávio Galvão), que passava a ser piloto de motos na empresa do Ingo, a Hoffman & Hoffman. Quase uma novela automotiva.